[...] que eu me torne uma pessoa carinhosa, invés de forte

Para que eu possa entender o que são lembranças. (Radwimps)

-Daddy, why do people go away?
-Because they get tired, child.
-Get tired? But we always have new things to know ...
-Once you know the pain, you know everything, Mary.

Eu tenho um coração.

Ele continua aqui, embora eu o esconda à maior parte do tempo. Eu sinto cada pulsação, cada batida, e isso me dá a certeza de que continuo aqui: viva. Sempre estou supostamente bem, em meu mundo de futilidades de uma adolescência perdida.
Mas esse coração ás vezes se sufoca com tanta escuridão. Então eu deixo minhas lágrimas salgadas correrem, deixo minha paixão, minha ira, minha coragem saírem de dentro dele pela minha boca.

Eu não gosto de esconder o que sinto, mas quando deixo tudo sair de dentro de mim, tudo sai no seu estado bruto, porque nunca lapido o que sinto, são sentimentos irados que se formam em espirais. Eu acabo me magoando, porque só quando explodo é que sei o que eu sinto.

Vivendo anestesiada, eu estou cansada do torpor.

Eu tenho um coração.


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